Nos anos 1970 o artista e arquiteto italiano Luigi Serafini criou uma enciclopédia sobre um mundo imaginário usando uma língua que não existe. Codex Seraphinianus tem 400 páginas com bizarrices e sacadas sensacionais envolvendo zoologia, botânica, geologia, arquitetura, design, etc.
Pode-se dizer que M.C. Escher é uma referência, com a mistura entre o real e o fisicamente impossível, seja nos objetos ou nas criaturas.
O Hieronymus Bosh também parece uma evidente inspiração.
As "gags" de René Magritte também parecem ter sido influência, inclusive no estilo das ilustrações equilibrando o real e o surreal em tons coloridos e detalhistas.
Houve um boom surreal durante a década de 70, como nas animações do Monty Python, por exemplo.
Durante essa mesma década, as ilustrações da igualmente surreal Revista Planeta também ecoam esse estilo.
O completamente lamentável filme "Fantastic Planet", de 1973 é quase uma animação da linha editorial da Revista Planeta, como pode ser notado nesse intragável trailer:
Existem trabalhos audiovisuais brasileiros seguindo a estética desse fecundo período. Como nesse comercial:
É notório que o mercado de cursinhos pré-vestibulares nesses anos também tomou um bocado de chuva ácida inspiradora:
Essas pitorescas instruções que foram arremessadas ao infinito na sonda Voyager também são puro mistério geométrico.
Um comentário:
Poutz, sou o unico que visita teu site? Triste isso né! Mas curto as doses de procrastinação diaria que me garantiram!
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