Mais uma Virada Cultural aconteceu em São Paulo. O melhor evento público da cidade supera de longe o Réveillon e a Parada Gay. Diversidade mesmo você encontra lá no Centro, onde pessoas de todos os tipos e procedências ocupam as ruas geralmente de maneira pacífica se misturando enquanto conhecem artistas novos ou podem rever grandes ídolos.
E a tal diversidade aparece não apenas na plateia, mas também nos diversos palcos com a tradicional varidade de atrações. O festival é a síntese da metrópole, banhada a música. Tudo de graça e cercado pela arquitetura do centro e pelo clima de arte no ar.
Infelizmente 2009 teve pioras em relação ao ano passado. Graças ao sucesso da edição anterior, o público dessa vez foi maior: 4 milhões de pessoas. Só que a crise econômica fez cair a arrecadação da prefeitura e ocasionou a diminuição de investimentos.
Com mais gente e menos verba, dá pra imaginar o que aconteceu. Shows superlotados com menos equipamentos, o que deixou o som de todos os palcos pior. Banheiros químicos não deram conta e o lixo se espalhou por todos os cantos, já que o recolhimento estava prejudicado por causa de uma paralização dos garis.
As obras do Metrô (que se Deus quiser terminam em 2010) atrapalharam não só na superfície, mas lá embaixo também. A Estação República, uma das mais importantes para o evento, ficou fechada justamente durante a Virada.
Só que isso não justifica o fato do trânsito ter sido liberado em muitas ruas que deveriam estar disponíveis apenas para os frequentadores do evento. Afinal, o metrô estava funcionando durante a madrugada inteira em todas as outras estações. A circulação de carros particulares já deveria ser desestimulada nos dias normais, quanto mais num evento desse porte.
Mas não me arrependo nem um pouco de ter ido. Pelo contrário, assim como no ano passado encontrei amigos, fiz novas amizades, ouvi boa música, dei risada e andei de madrugada por ruas que não conhecia nem de dia.
Tomara que as correções necessárias sejam feitas e que esse evento sensacional fique melhor a cada edição.
E não apenas na propaganda:
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Um comentário:
Nessas horas que me bate a maior saudade de Sampa...
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